1
Se a mente não engana,
a anedota desta semana,
refere-se aos passarinhos.
Mesmo assim tão perfeitos,
eles também estão sujeitos,
a terem, esses desalinhos.
2
Pela manhã no meu beiral,
pousa um deficiente pardal,
por ele ter nascido perneta.
Como canta tão esmorecido,
há quem diga, que foi traído,
por uma pardalita toda preta.
3
Este sério pardal admirável,
se ele nascesse, saudável,
jamais, isto teria acontecido.
O problema foi o seu defeito,
senão, nascesse deste jeito,
seria, o seu amor preferido.
4
Durante a noite, como casou,
a "pardalita," esta, não notou,
no defeito, que o pardal tinha.
Se de dia , a rica tem casado,
na certa, que ela tinha notado,
na deficiência da sua perninha.
5
Pra ninguém, lhe achincalhar,
já, faz ideias de se divorciar,
para dar um fim ao problema.
Tendo um filhote ainda menor,
a meu ver, eu achava melhor,
era, ele esquecer este dilema.
6
Diz, que jamais vai esquecer,
o seriíssimo e traído pardal.
Oxalá, que não se vaia meter,
com um advogado, tal e qual.
7
Que lhe diga assim ao ouvido,
isto não faz, qualquer sentido,
eu defender-te, esta questão.
Lembra-te, vê-se muitos por aí,
estes estão, igualzinhos a ti,
e ainda, julgam que não são.
8
"Pardalito," queria-te alertar,
se você de novo, se afogar,
arriscas-te, a outros sarilhos.
Dizia, o Marquês de Pombal,
"pardalitos", isto mal por mal,
antes, a mãe dos seus filhos.
9
Só tens, é que te acalmar,
deixares-te de ideias tontas.
Quando, te apetecer voar,
o melão, só tens que baixar,
pra não prenderes as pontas.
10
Ou então, meu rico tesouro,
a única solução que te resta.
Quando fores ao matadouro,
pedias, ao mestre magarefe,
que os corte, rentinho à testa.
11
Pardal, repito e torne a dizer,
se pensares de novo a casar.
Com esta crise, tu podes crer,
nem o governo, te vai valer,
se tiveres duas pra sustentar.
Autoria:
Jose Pedro Ferreira Ferreira
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Um carinho um beijinho a todos que vieram aqui
E deixaram seu recadinho..
abracinhos...